Dados divulgados recentemente pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) apontam que, em setembro, haviam no Brasil 113.567.166 usuários de celulares pré-pagos e 114.732.254 pós-pagos.
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Esta é a primeira vez que a Agência registra mais acessos na modalidade de cobrança pós-paga que na modalidade pré-paga no serviço de telefonia móvel desde o início da série histórica. Em fevereiro de 2005, existiam no País 54.154.978 clientes na modalidade pré-paga e apenas 13.258.052 na pós-paga.
Os dados da Anatel mostram que os acessos móveis começaram a cair em junho de 2015 e, desde então, houve redução do número de acessos pré-pagos e crescimento da base pós-paga. Naquele mês, o Brasil somava 211.431.290 chips pré-pagos e 71.042.799 pós-pagos.
Três fatores contribuíram para a queda na telefonia móvel pré-paga e o aumento da pós-paga. Primeiro, a redução da VU-M*, que acabou com o “efeito clube” e permitiu chamadas ilimitadas para todas as operadoras: as pessoas não precisavam mais ter um chip de cada prestadora.
Outro motivo foi a crise econômica de 2014/2015, que refletiu na redução de terminais pré-pagos nas classes de mais baixa renda. O terceiro fator foi a necessidade cada vez maior de acesso à internet, o que fez com que os usuários migrassem para os planos controle (pós-pagos) em busca de preços melhores para os pacotes de banda larga.