
Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, criaram um capacete capaz de controlar insetos e já colocaram a invenção em prática ao transformar uma barata em ciborgue.
+ Homem mostra como seria ser devorado por um tubarão após um engolir sua câmera
+ Tiktoker Anna Grace Phelan perde batalha contra câncer aos 19 anos
No estudo, publicado na Advanced Intelligent Systems, os cientistas detalharam o uso do capacete equipado com luz ultravioleta (UV) para guiar a batata, aproveitando de sua tendência natural de evitar luzes fortes (fototaxia negativa).
A invenção se difere dos insetos ciborgues tradicionais pois estes dependem de estimulação elétrica e cirurgias invasivas. Segundo os pesquisadores, esse tipo de técnica provoca danos nos órgãos sensoriais e se torna menos eficaz com o tempo por meio de um processo de habituação aos choques.
Usando o capacete de luz UV, o “inseto ciborgue biointeligente” (bio-intelligent cyborg insect, ou BCI) foi guiado para a esquerda ou para a direita apenas direcionando a luz para seus olhos, sem contato direto com nervos ou músculos.

Em testes, os insetos ciborgues não demonstraram habituação aos estímulos de luz. Eles foram capazes de escapar de ambientes parecidos com labirintos com 94% de sucesso. Em comparação, apenas 24% das baratas normais conseguiram sair.
A ideia dos cientistas é criar sistemas de navegação para áreas de busca e salvamento em desastres, além de usar a invenção para monitoramento ambiental e vigilância em locais pequenos e de difícil acesso.
“Em vez de anular o cérebro do inseto, estamos guiando-o por meio de seus próprios sentidos. Isso torna o sistema mais seguro, mais estável e mais sustentável”, explicou Keisuke Morishima, líder do estudo.
Foto e vídeo: Universidade de Osaka. Este conteúdo foi criado com a ajuda da IA e revisado pela equipe editorial.
