Monitorar o crescimento da cana-de-açúcar com o objetivo de estimar o melhor momento para a colheita. Essa prática já tem sido feita em algumas lavouras no interior paulista por meio de um sistema de radar miniaturizado embarcado em drones.
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Desenvolvida pela startup Radaz em colaboração com pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a tecnologia foi descrita em artigos publicados na revista Remote Sensing e apresentada em palestra durante a Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference 2020-21.
O sistema de radar miniaturizado embarcado em drones opera em três bandas de micro-ondas simultaneamente – a P, a L e a C –, que são emitidas pelo dispositivo sobre uma área, por exemplo, uma lavoura de cana-de-açúcar.
Cada uma dessas três bandas de micro-ondas opera em uma faixa de frequência e possui comprimentos de onda diferentes. Quanto mais longo, maior é a capacidade de atravessar um objeto, como a copa de uma árvore, e atingir e até mesmo penetrar o solo. A combinação dos dados obtidos pela reflexão dessas três bandas de micro-ondas em um terreno e capturadas pelo radar permite criar um modelo digital da área com informações cruciais para os agricultores.
A placa-mãe do radar de sensoriamento remoto pesa 600 gramas. Uma vez que é embarcado em drones, o dispositivo pode realizar trajetórias complexas, como voos circulares, com raios variáveis e helicoidais.
Para validar os algoritmos, foram feitos estudos em uma área de cultivo experimental na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, onde foi plantada cana-de-açúcar e registrado o crescimento das plantas por meio de medições biométricas convencionais e pelo sistema de radar transportado por drone.
O estudo indicou que os resultados obtidos por meio da tecnologia foram muito semelhantes aos fornecidos pelo sistema convencional, com o uso de aviões.
Já para validar a capacidade de o sistema estimar a quantidade de biomassa acima do solo produzida em uma lavoura de cana três meses após a plantação, os pesquisadores fizeram um experimento em uma fazenda de propriedade da Usina São Martinho, no interior paulista.
Da Agência Fapesp