Estudos confirmam sucesso da missão Dart para desviar asteroides

Missão Dart

Cinco meses depois da nave Dart colidir contra o asteroide Dimorfos, cientistas confirmaram o sucesso da técnica para a construção de um sistema de defesa da Terra contra o impacto de rochas espaciais.

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Para testar a teoria, a nave colidiu em alta velocidade contra Dimorfos, que orbita como uma lua o asteroide Dídimo, alterando a sua trajetória espacial em 33 minutos. Os estudos (em inglês) podem ser consultados no site oficial da Nasa.

Com base em dados da missão, um time de pesquisadores do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins (EUA) fez um estudo aprofundado do impacto e chegou à conclusão de que a técnica pode permitir o desvio de asteroides de até 800 metros de diâmetro com precisão.

Isso mesmo sem a necessidade de uma missão avançada de reconhecimento, embora algo do tipo possa tornar os resultados da colisão ainda mais efetivos. Por outro lado, são necessários alguns anos – décadas, no cenário ideal – para que seja planejada e executada com sucesso uma missão de desvio de asteroide.

Hubble flagrou o impacto de Dart contra Dimorfos

Já outro estudo sobre a efetividade da missão Dart, da Universidade do Norte do Arizona, foi baseado em duas observações diferentes feitas a partir da Terra e mostrou que o impulso gerado pelo material ejetado para o espaço pelo impacto teve efeito maior no desvio da órbita de Dimorfos do que a colisão da Dart em si.

Para medir o resultado em longo prazo da missão Dart, em 2024 a Agência Espacial Europeia (ESA) vai lançar a missão Hera, que vai alcançar o sistema duplo de asteroides em 2026.

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