A Alphabet, conglomerado que controla o Google, atingiu ontem o valor de mercado de US$ 1 trilhão. É a quarta vez nos últimos dois anos em que uma empresa de tecnologia supera este valor (Amazon, Apple e Microsoft já passaram desta marca anteriormente).
A empresa atinge a marca em um momento de mudanças. Após quase vinte anos à frente da companhia, os fundadores Brin e Page recentemente deixaram suas funções executivas.
O comando caiu nas mãos de Sundar Pichai, executivo de longa data que se mostrou competente ao lidar com acionistas e autoridades de governo, atividades desprezadas por Brin e Page. Por outro lado, alguns analistas temem que, sob Pichai, a empresa perca a ‘mágica’ e a audácia que levou a companhia a investir em carros autônomos e balões de acesso à internet, entre outros projetos futurísticos.
O Google também passa por um momento delicado no trato com seus funcionários, com protestos e denúncias de assédio contra executivos da alta cúpula da empresa. Há algumas semanas, a empresa demitiu funcionários por ‘violarem regras de segurança de dados’ e contratou uma consultoria para barrar a sindicalização de empregados nos EUA.
A empresa enfrenta ainda uma série de investigações antitruste nos Estados Unidos e na Europa. Estes percalços, no entanto, estão longe de abalar o valor da empresa, que apenas no ano passado se valorizou em 30%.