O MiG-21, conhecido como “Fishbed” pela OTAN, é um dos caças mais icônicos da aviação militar. Projetado pela Mikoyan-Gurevich na União Soviética, o MiG-21 é um avião a jato de combate multifuncional de segunda geração que estabeleceu recordes tanto em desempenho quanto em produção.
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Detalhes técnicos
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- Tipo: Caça-interceptador e avião de combate multifuncional.
- Origem: União Soviética.
- Primeiro voo: 16 de junho de 1955.
- Entrada em serviço: 1959.
- Velocidade máxima: 2.175 km/h (Mach 2.05).
- Teto operacional: 19.000 metros.
- Autonomia: Cerca de 1.200 km.
- Motor: Turbojato Tumansky R-25 (em modelos mais avançados).
- Armamento:
- Canhão automático de 23 mm.
- Mísseis ar-ar (K-13, R-3S e outros).
- Bombas e foguetes para ataques ao solo.
Versões principais
O MiG-21 teve inúmeras versões, adaptadas para diferentes missões e atualizações de tecnologia:
- MiG-21F: Primeira versão de produção com canhão interno e capacidade limitada de armamento.
- MiG-21PF: Versão sem canhão interno, mas equipada com radar para interceptação em todas as condições climáticas.
- MiG-21R: Versão de reconhecimento equipada com câmeras e sensores.
- MiG-21MF: Versão multifuncional, amplamente exportada, com maior capacidade de combate e armamento.
- MiG-21bis: Versão final e mais avançada, com melhorias em desempenho e capacidade de combate.
- MiG-21U/UM/US: Versões de treinamento, com cockpit duplo.
Curiosidades
- Produção massiva: O MiG-21 é o avião a jato supersônico mais produzido da história, com mais de 11.000 unidades construídas entre 1959 e 1985.
- Países operadores: Foi utilizado por mais de 60 países, desde grandes potências até pequenas nações. Ainda está em serviço em alguns países.
- Conflitos: Participou de vários conflitos importantes, como a Guerra do Vietnã, a Guerra do Yom Kippur, a Guerra do Golfo e conflitos na Ásia e África.
- Manobrabilidade: Apesar de ser um avião leve e rápido, tinha limitações em combate aéreo próximo devido ao alcance curto e aos sensores limitados.
Acidentes e limitações
- Alta taxa de acidentes: Com sua simplicidade de design e construção em larga escala, o MiG-21 enfrentou altos índices de acidentes, especialmente em forças aéreas menos experientes ou mal equipadas. Erros de manutenção e treinamento insuficiente foram fatores comuns.
- Combustível e autonomia: Tinha uma autonomia limitada, o que exigia apoio constante de bases ou reabastecimento terrestre.
- Sensores e armamento: Em combate, especialmente contra caças mais modernos, sua tecnologia datada limitava sua eficácia.
Alguns acidentes notáveis do MIG-21
- Índia: Operadora do MiG-21 por décadas, a Índia enfrentou vários acidentes com o modelo. Entre os anos 2000 e 2020, mais de 400 MiG-21 foram perdidos, levando ao apelido de “caixão voador”.
- Guerra do Vietnã: Embora tenha se destacado em combates contra caças americanos, muitos MiG-21 foram perdidos devido a ataques surpresa e limitações de radar.
- Países africanos: Operadores com baixa infraestrutura frequentemente sofreram perdas devido a falhas mecânicas e acidentes.
Legado
O MiG-21, com sua simplicidade, velocidade e custo acessível, transformou o panorama da aviação militar durante a Guerra Fria. Mesmo com suas limitações, o caça é uma peça de destaque na história militar e aeronáutica. Ele simboliza tanto os desafios quanto os avanços de uma era em que a supremacia aérea era essencial para o domínio estratégico global.
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