Em 28 de outubro, a Airbus comemorou os 50 anos do primeiro voo do A300B1, primeiro jato bimotor de fuselagem larga que foi também a aeronave pioneira do empresa, formada no final dos anos 1960 como um consórcio de companhias aeronáuticas europeias que se reuniram para projetar e produzir um novo jato de passageiros.
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Com uma tripulação composta pelo comandante Max Fischl, primeiro-oficial Bernard Ziegler, e pelos engenheiros de voo Pierre Caneil, Gunter Scherer e Romeo Zinzoni, o voo inicial do A300, de número de série MSN 1, durou 1h25 e foi realizado na região de Toulouse (França), com o jato atingindo a velocidade máxima de 342,6 km/h e uma altitude de 14 mil pés (4.300 m).
Além do MSN 1, a Airbus produziu apenas mais um “B1” (MSN 2), com capacidade para levar até 225 passageiros. O MSN 3 foi o primeiro exemplar da variante B2, com 2,60 m adicionais na fuselagem e capacidade para 251 passageiros, e que se tornou padrão nos primeiros anos da linha junto com o B4, que era um B2 com alcance mais longo. A certificação aconteceu em março de 1974.
Pioneiro no uso de materiais compósitos na construção e pioneiro na configuração de dois tripulantes de cabine de pilotagem para um avião do seu porte, a produção do A300 se estendeu por um período de 35 anos. A dinâmica de fabricação do pioneiro – que envolvia a produção de componentes em várias fábricas de diversos países europeus – ainda é utilizada nos projetos mais atuais da empresa.
A produção total do A300 foi de 561 unidades, sendo que mais de 250 aviões modelo A300 e o seu derivado A310 ainda seguem em operação no mundo. Um dos operadores do jato é a própria Airbus, que decidiu disponibilizar seus Airbus A300-600ST “Beluga” – uma variação especial usada até 2019 para o transporte de componentes e fuselagens -, para serviços de transporte de cargas.