Telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO na sigla em inglês) registraram o momento em que uma estrela é engolida por um buraco negro supermassivo. O fenômeno aconteceu a uma distância de 215 milhões de anos-luz da Terra.
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A pesquisa foi publicada na última segunda-feira (12) no Monthly Notices da Royal Astronomical Society (Reino Unido). De acordo com os cientistas, o processo, que é raro e não é fácil de ser estudado, é chamado de “espaguetificação”. Apesar de parecer uma brincadeira, esse nome faz referência ao esmagamento sofrido por qualquer objeto que entra em um desses buracos negros supermassivos, por causa do chamado “evento de ruptura de maré”.
“Quando uma estrela azarada se aproxima demais de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia, a extrema atração gravitacional exercida pelo buraco negro desfaz a estrela em finas correntes de matéria”, afirmou o astrônomo Thomas Wevers, um dos autores do estudo.
Durante esse processo de “espaguetificação”, alguns desses finos fios de material estelar caem no buraco negro e provocam um clarão brilhante de energia, que pode ser detectado pelos astrônomos.
Essa explosão de material criava uma cortina de poeira que dificultava a visão do clarão de luz. Mas dessa vez, os cientistas conseguiram enxergá-lo porque acompanharam o evento de ruptura de marés desde “cedo”.